MEDITAÇÃO MATINAL: SEGUNDA-FEIRA DA QUARTA SEMANA DO ADVENTO

Meditação matinal: Considerações sobre o Estado Religioso - XII

     Considere a grande felicidade que os religiosos desfrutam ao morar na mesma casa com Jesus no Santíssimo Sacramento.
     Se os mundanos consideram um favor tão grande ser convidado por reis para morar em seus palácios, quanto mais favorecidos devemos nos considerar por sermos admitidos a morar continuamente com o Rei dos Céus em Sua própria casa? Ó Senhor, eu Te agradeço! Como mereci esse destino feliz?

Meditação I:
     A Venerável Madre Maria de Jesus, fundadora de um convento em Toulouse, disse que estimava muito seu destino como religiosa, principalmente por dois motivos. A primeira, que as religiosas, por meio do voto de obediência, pertencem inteiramente a Deus; e a segunda, que elas têm o privilégio de estar sempre com Jesus Cristo no Santíssimo Sacramento.
     Nas casas dos religiosos, Jesus Cristo habita na igreja por causa deles, de modo que eles podem encontrá-Lo a qualquer hora. As pessoas do mundo dificilmente podem visitá-Lo durante o dia e, em muitos lugares, somente pela manhã. Mas os religiosos O encontram no Tabernáculo sempre que desejam, de manhã, à tarde e à noite. Lá eles podem se entreter continuamente com Nosso Senhor, e lá Jesus Cristo se alegra em conversar familiarmente com Seus amados servos, a quem, para esse fim, Ele chamou do Egito, para que Ele possa ser seu Companheiro durante esta vida, escondido sob o véu do Santíssimo Sacramento, e na próxima, revelado no Paraíso. "Ó solidão", pode-se dizer de toda casa religiosa, "na qual Deus fala e conversa familiarmente com Seus amigos!"
     Contempla-me em Tua Presença, ó meu Jesus! - Escondido no Sacramento, Tu és o mesmo Jesus que por mim Te sacrificou na Cruz. Tu és Aquele que tanto me ama e que, por isso, Te confinou nesta prisão de amor. Entre tantos que Te ofenderam menos do que eu, e que Te amaram mais do que eu, Tu me escolheste, em Tua bondade, para fazer-Te companhia nesta casa, onde, tendo-me tirado do meio do mundo, me destinaste a viver sempre unido a Ti e, depois, a ter-me perto de Ti para louvar-Te e amar-Te em Teu reino eterno. Ó Senhor, eu Te agradeço. Como mereci esse destino feliz? Escolhi ser um abjeto na casa do meu Deus, do que habitar nos tabernáculos dos pecadores. - (Sl. lxxxiii., 11). Feliz, de fato, sou eu, ó meu Jesus, por ter deixado o mundo; e é meu grande desejo desempenhar o mais vil ofício em Tua casa, em vez de morar nos mais orgulhosos palácios reais dos homens.

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