Morning Meditation: Considerations on the Religious State — VI
Considere a paz que Deus dá aos bons religiosos.
Santa Teresa costumava dizer que uma gota de consolo celestial vale mais do que todos os prazeres do mundo. Oh, que contentamento não encontra aquele que, tendo deixado tudo para Deus, é capaz de dizer com São Francisco: "Deus meus et omnia!" - Meu Deus e meu Tudo! - livre da escravidão do mundo e desfrutando da liberdade dos filhos de Deus.
Meditação I:
As promessas de Deus não podem falhar. Deus disse: Todo aquele que tiver deixado casa, ou irmãos, ou irmãs, ou pai ou mãe, ou mulher, ou filhos, ou terras, por amor do meu nome, receberá cem vezes tanto, e possuirá a vida eterna. - (Mt. xix., 29). Ou seja, cem vezes mais nesta terra e vida eterna no céu.
A paz da alma é de maior valor do que todos os reinos do mundo. E de que adianta ter domínio sobre o mundo inteiro sem paz interior? É melhor ser o camponês mais pobre da terra e estar satisfeito do que ser o senhor do mundo inteiro e viver uma vida descontente. Mas quem pode dar essa paz? O mundo? Oh não, a paz é uma bênção obtida somente de Deus. "Ó Deus!", ora a Igreja, "dá aos Teus servos a paz que o mundo não pode dar". Ele é chamado de Deus de toda consolação. - (2 Cor. i., 3). Mas se Deus é o único Doador da paz, a quem, pense você, Ele dará essa paz senão àqueles que deixam tudo e se desapegam de todas as criaturas, a fim de se entregarem inteiramente ao seu Criador? E, portanto, vemos bons religiosos fechados em suas celas, mortificados, desprezados e pobres, mas vivendo uma vida mais satisfeita do que os grandes do mundo, com todas as riquezas, as pompas e as diversões que desfrutam.
Santa Escolástica disse que se os homens conhecessem a paz que os bons religiosos desfrutam, o mundo inteiro se tornaria um mosteiro; e Santa Maria Madalena de Pazzi disse que se os homens soubessem disso, escalariam os muros para entrar nos mosteiros. O coração humano, tendo sido criado para um Bem infinito, as criaturas finitas não podem satisfazê-lo. Somente Deus, que é um Bem infinito, pode ser um Deus de Deus. Somente Deus, que é um Bem infinito, pode satisfazê-lo: Deleite-se no Senhor e ele lhe concederá o pedido de seu coração. - (Sl. xxxvi., 4). Oh, não; um bom religioso unido a Deus não inveja nenhum dos príncipes do mundo que possuem reinos, riquezas e honras. "Que os ricos", dirá ele com São Paulino, "tenham suas riquezas, os reis tenham seus reinos, para mim Cristo é meu reino e minha glória". Ele verá os amantes do mundo se gloriarem tolamente na pompa e na vaidade; mas ele, procurando se desapegar mais das coisas terrenas e se unir mais intimamente a Deus, viverá contente nesta vida, e pode muito bem dizer: Alguns confiam em carros e outros em cavalos, mas nós invocamos o nome do Senhor, nosso Deus. - (Sl. xix., 8).
Ó Senhor e meu Deus, meu Tudo! Sei que somente Tu podes me deixar satisfeito nesta vida e na próxima. Mas não Te amarei para minha própria satisfação; eu Te amarei para satisfazer Teu divino Coração. Desejo que essa seja minha paz, minha única satisfação durante toda a minha vida, para unir minha vontade à Tua santa vontade, mesmo que para isso eu tenha que sofrer dor. Tu és o meu Deus, eu sou a Tua criatura.
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