Meditação matinal: "DE BOA VONTADE ME GLORIAREI EM MINHAS ENFERMIDADES“ - (Epístola de Domingo. 2 Cor. xi., 19, 33)
Que alegria maior pode haver do que sofrer alguma cruz e saber que, ao abraçá-la, damos prazer a Deus? Santa Maria Madalena de Pazzi sentia tanta consolação em sofrer tudo o que lhe era imposto pela vontade de Deus que costumava se perder em um êxtase de amor divino.
Meditação I:
Aquele que está unido à vontade de Deus desfruta de uma paz perpétua, mesmo neste mundo: O que quer que aconteça ao justo, não o entristecerá - (Prov. xii., 21); e deve ser assim, porque uma alma não pode ter um contentamento mais perfeito do que ver todos os seus desejos realizados; e aquele que não deseja nada além do que Deus deseja, tem tudo o que deseja, já que tudo o que acontece deve ser pela vontade de Deus. Solinus diz que quando as almas resignadas recebem uma humilhação, elas a desejam; quando sofrem pobreza, elas desejam ser pobres; em suma, elas desejam tudo o que acontece e, portanto, levam uma vida feliz. Seja o clima frio ou quente, venha a chuva ou a tempestade, aquele que está unido à vontade de Deus diz: "Eu desejo esse frio ou calor (etc.), porque Deus assim o quer". Se houver perda ou perseguição, doença ou morte, ele ainda diz: "Estou disposto a ser pobre, perseguido, doente ou até mesmo a morrer, porque essa é a vontade de Deus". Aquele que confia na vontade divina e está satisfeito com tudo o que Deus pode fazer é como se estivesse acima das nuvens e visse tempestades furiosas abaixo, mas permanecesse ileso e imperturbável por elas. Essa é a paz que, como diz o Apóstolo, ultrapassa todo o entendimento - (Fil. iv., 7); que excede todos os prazeres do mundo e é tão firme que não admite mudança: O homem santo permanece na sabedoria como o sol, mas o tolo muda como a lua. - (Ecclus. xxvii., 12). O insensato, isto é, o pecador, muda como a lua, que hoje cresce e amanhã diminui; um dia ele ri, no outro ele chora; em um momento ele é brando e alegre, em outro violento e triste; pois sua paz está em conformidade com a vontade de Deus: E paz na Terra aos homens de boa vontade. - (Lucas ii., 14). Não podemos deixar de sentir algum aguilhão de dor devido à adversidade na parte inferior de nossa alma; mas a paz sempre reinará na parte superior, quando nossa vontade estiver unida à de Deus: Sua alegria ninguém poderá tirar de você. - (João xvi., 22). Quão tolos são aqueles que resistem à vontade de Deus, já que o que Ele designa deve, no entanto, ser cumprido! Quem resiste à sua vontade? - (Rom. is., 19). Essas pobres criaturas devem, portanto, suportar sua cruz, mas sem fruto e sem paz: Quem lhe resistiu e teve paz? - (Jó ix., 4).
Meu Divino Rei, meu amado Redentor, venha e, de hoje em diante, reine sozinho em minha alma: tome posse completa de minha vontade para que eu não deseje e não queira nada além do que Tu queres. Em tudo o que me acontecer, eu sempre direi: Meu Deus, só quero o que Tu queres. Que Tua vontade seja sempre feita em mim! Seja feita a sua vontade!
Meditação II:
Leitura espiritual: A VIDA INFELIZ DOS PECADORES
Meditação noturna: "MINHA GRAÇA TE BASTA.“ - (Epístola de domingo)
Meditação I:
Meditação II:
Meditação matinal: A VONTADE DE DEUS DE SALVAR TODOS OS HOMENS
Nosso santo Redentor nos resgatou da morte eterna ao preço de Seu próprio sangue, e Ele não deseja ver perdidas essas nossas almas que tanto Lhe custaram. Quando vê almas que, por seus pecados, O obrigam a condená-las ao inferno, Ele, por assim dizer, chora de compaixão por elas e diz: E por que morrereis, ó casa de Israel? Voltai e vivei! - (Ezech. xviii., 31). Meus filhos, por que vocês se destruirão e se condenarão quando Eu morri em uma cruz para salvá-los? Voltem a Mim como penitentes, e Eu lhes devolverei a vida que perderam.
Meditação I:
O apóstolo São Paulo ensina que Deus deseja a salvação de todos: Ele fará com que todos os homens sejam salvos. - (1 Tim. ii., 4). E São Pedro escreve: O Senhor é paciente com vocês, não querendo que ninguém pereça, mas que todos voltem à penitência. - (2 Pedro iii., 9). Para esse fim, o Filho de Deus desceu do céu, fez-se homem, passou trinta e três anos em trabalhos e sofrimentos e, finalmente, derramou Seu sangue e entregou Sua vida para nossa salvação. E nós perderemos nossa salvação?
Você, meu Salvador, gastou toda a sua vida para garantir minha salvação, e em que gastei tantos anos de minha vida? Que frutos o Senhor colheu de mim até agora? Eu merecia ser cortado e lançado no inferno. Mas o Senhor não deseja a morte do pecador, mas que ele se converta e viva. - (Ezech. xxxiii., 11). Sim, ó Deus, deixo tudo e me volto para Ti. Eu Te amo e, por Te amar, sinto muito por ter Te ofendido. Aceita-me e permite que eu não Te abandone mais.
Quanto os santos não fizeram para garantir sua salvação eterna! Quantos nobres e reis abandonaram seus reinos e propriedades e se fecharam em claustros! Quantos jovens abandonaram seu país e seus amigos para morar em cavernas e desertos! E quantos mártires entregaram suas vidas sob as mais cruéis torturas! E por quê? - Para salvar suas almas. E o que nós fizemos?
Ai de mim, que, embora saiba que a morte está próxima, não penso nela! Não, meu Deus, não viverei mais longe de Ti. Por que estou demorando? Será que a morte pode me alcançar no estado miserável em que me encontro agora? Não, meu Deus, Tu me ajudas a me preparar para a morte.
Meditação II:
Leitura espiritual: O PODER DA PAIXÃO DE JESUS CRISTO PARA ACENDER O AMOR DIVINO EM CADA CORAÇÃO
Meditação noturna: FRUTOS DA MEDITAÇÃO SOBRE A PAIXÃO DE JESUS CRISTO
Meditação I:
Meditação II:
Meditação matinal: A MISERICÓRDIA DE DEUS AO CHAMAR OS PECADORES AO ARREPENDIMENTO
Você é um pecador e deseja ser perdoado? "Não duvide", diz São João Crisóstomo, "que Deus tem um desejo maior de perdoá-lo do que você tem de ser perdoado". Deus está à porta de nosso coração e bate para que nos abramos a Ele: Eis que estou à porta e bato. - (Apoc. iii., 20). Mais uma vez Ele insiste: Por que morrereis, ó casa de Israel? - (Ezech. xviii., 31). Como se Ele estivesse dizendo com compaixão: "Ó meu filho, por que você quer morrer?"
Meditação I:
O Senhor chamou Adão e lhe disse: Onde está você? - (Gênesis III, 9). Essas são as palavras de um pai, diz um autor piedoso, indo em busca de seu filho perdido. Oh, a imensa compaixão de nosso Deus! Adão peca, vira as costas para Deus; no entanto, Deus não o abandona, mas o segue e o chama: Adam, onde você está? Foi assim, minha alma, que Deus agiu com frequência em relação a você; você O abandonou pelo pecado, mas Ele não hesitou em se aproximar de você e chamá-lo por meio de muitas luzes interiores, pelo remorso da consciência e por Suas santas inspirações; tudo isso foi efeito de Sua compaixão e amor.
Ó Deus de misericórdia, ó Deus de amor, como pude ofender-Te tão gravemente! Como pude ser tão ingrato a Ti!
Assim como um pai, quando vê seu filho se apressando para se lançar da beira de um precipício, avança em direção a ele e, com lágrimas, tenta impedi-lo da destruição, assim, meu Deus, Tu fizeste comigo. Eu já estava me apressando, por causa de meus pecados, a me precipitar no inferno, mas Tu me detiveste. Agora estou ciente, Senhor, do amor que me demonstraste, e espero cantar para sempre no céu os louvores de Tua misericórdia: As misericórdias do Senhor eu cantarei para sempre. - (Sl. lxxxviii., 1). Sei, ó Jesus, que desejas minha salvação, mas não sei se já me perdoaste. Oh, dá-me uma dor intensa por meus pecados, dá-me um amor ardente por Ti, como sinais de Teu misericordioso perdão.
Meditação II:
Leitura espiritual: O PODER DA PAIXÃO DE JESUS CRISTO - (continuação)
Meditação noturna: REFLEXÕES E AFETOS SOBRE A PAIXÃO DE JESUS CRISTO
Meditação I:
Meditação II:
Meditação matinal: O AFASTAMENTO DE DEUS PELO PECADO
Quem é o Senhor para que eu ouça a sua voz? Eu não conheço o Senhor. - (Êxodo v., 2). Assim fala o pecador. Senhor, eu não Te reconheço! Farei o que eu quiser! Ele insulta Deus na Sua face e vira as costas para Ele. Esse afastamento de Deus é pecado mortal.
Meditação I:
Santo Agostinho e Santo Tomás definem o pecado mortal como um afastamento de Deus: ou seja, dar as costas a Deus, abandonando o Criador em favor da criatura. Que punição mereceria aquele súdito que, enquanto seu rei lhe dava uma ordem, desdenhosamente lhe desse as costas para ir transgredir suas ordens? É isso que o pecador faz; e é punido no inferno com a dor da perda, ou seja, a perda de Deus, uma punição ricamente merecida por aquele que, nesta vida, dá as costas ao seu Soberano Bem.
Ai de mim, meu Deus, muitas vezes Te dei as costas; mas vejo que ainda não me abandonaste; vejo que Te aproximas de mim e, convidando-me ao arrependimento, ofereces-me Teu perdão. Estou arrependido, acima de qualquer mal, por ter Te ofendido; tem piedade de mim.
Tu me desamparaste, diz o Senhor; voltaste para trás. - (Jer. xv., 6). Deus se queixa e diz: Alma ingrata, você me abandonou! Eu nunca o teria abandonado se você não tivesse dado as costas para mim: você retrocedeu. Ó Deus, com que consternação essas palavras encherão a alma do pecador quando ele for julgado perante o Teu Divino tribunal!
Tu me fazes ouvi-las agora, ó meu Salvador, não para me condenar, mas para me levar a arrepender-me das ofensas que cometi contra Ti. Sim, ó Jesus, eu me arrependo sinceramente de todo o desgosto que Te causei. Para minha própria e miserável gratificação, abandonei-Te, meu Deus, meu Soberano, Infinito Bem! Mas veja-me como um penitente que retornou a Ti; não me rejeite.
Meditação II:
Leitura espiritual: O PODER DA PAIXÃO DE JESUS CRISTO - (continuação)
Meditação noturna: REFLEXÕES E AFETOS SOBRE A PAIXÃO DE JESUS CRISTO
Meditação I:
Meditação II:
Meditação matinal: PROVOCANDO DEUS PELO PECADO PARA QUE SE AFASTE DE NÓS
Assim, o Profeta Real fala dos pecadores: Eles tentaram e provocaram o Deus Altíssimo. - (Sl. lxxvii., 65). Deus não é capaz de sofrer; mas se fosse possível que Ele sofresse, todo pecado que os homens cometem O afligiria profundamente. Nossos pecados foram a causa de Jesus ter suado sangue e sofrido as agonias da morte no jardim do Getsêmani, onde declarou que Sua alma estava em sofrimento. triste até a morte. - (Marcos xiv., 34).
Meditação I:
Toda alma que ama a Deus é amada por Ele em troca, e Deus habita dentro dessa alma e não a deixa até que seja expulso pelo pecado. "Ele não abandona a menos que seja abandonado", diz o Concílio de Trento. Quando uma alma consente deliberadamente com o pecado mortal, ela expulsa Deus e, por assim dizer, diz a Ele: Senhor, deixa-me, pois não quero mais possuir-Te. Os ímpios disseram a Deus: Partir de nós. - (Jó xxi., 14).
Ó meu Deus, tive a audácia, quando cometi o pecado, de expulsá-Lo de minha alma e de desejar que não estivesse mais comigo! Mas Tu não queres que eu me desespere, mas que me arrependa e Te ame. Sim, meu Jesus, eu me arrependo de ter Te ofendido e Te amo acima de todas as coisas.
O pecador deve estar ciente de que Deus não pode habitar em uma alma juntamente com o pecado. Portanto, quando o pecado entra na alma, Deus deve se afastar dela. Assim, o pecador, ao admitir o pecado, diz a Deus: Como Tu não podes permanecer mais comigo, a menos que eu renuncie ao pecado, afasta-Te de mim; é melhor perder-Te do que o prazer de cometer o pecado. Ao mesmo tempo em que a alma expulsa Deus, ela dá posse ao demônio. Assim, o pecador expulsa seu Deus, que o ama, e se torna escravo de um tirano que o odeia.
Isso, Senhor, é o que tenho feito até agora. Oh, dê-me um pouco daquela aversão por meus pecados que Você experimentou no Jardim do Getsêmani. Querido Redentor, quem dera eu nunca tivesse Te ofendido!
Meditação II:
Leitura espiritual: JESUS, COM SEU EXEMPLO, NOS ENSINA A MORTIFICAÇÃO
Meditação noturna: REFLEXÕES E AFETOS SOBRE A PAIXÃO DE JESUS CRISTO
Meditação I:
Meditação II:
Meditação matinal: O PECADOR DESPREZA DEUS
Contemplando a grandeza e a majestade de Deus, Davi clamou: Senhor, quem é semelhante a ti? Mas Deus, vendo que os pecadores comparam e preferem uma gratificação miserável à Sua amizade, exclama: A quem me comparastes ou me igualastes? O pecador declara que sua paixão, sua vaidade, seu prazer são de maior valor do que a amizade de Deus. Eles me violaram entre o meu povo, por um punhado de cevada e um pedaço de pão. - (Ezech. xiii., 19).
Meditação I:
O pecador despreza Deus. Com a transgressão da lei, você desonra a Deus. - (Rom. ii., 23). Sim, porque o pecador renuncia à graça de Deus e, por causa de um prazer miserável, pisoteia Sua amizade. Se um homem perdesse a amizade de Deus para ganhar um reino, ou mesmo o mundo inteiro, ainda assim ele faria um grande mal, porque a amizade de Deus é de maior valor do que o mundo - e mil mundos. Mas por que ofendemos a Deus? Por que o ímpio provocou a Deus? - (Sl. ix., 13). Por um pouco de terra, por um acesso de raiva, por um prazer imundo, por um mero vapor, por um capricho: Eles me violaram entre o meu povo, por um punhado de cevada e um pedaço de pão. - (Ezech. xiii., 19). Quando o pecador delibera se consentirá ou não em pecar, ele então, por assim dizer, toma a balança em suas mãos e examina o que pesa mais - a graça de Deus ou aquele acesso de raiva, aquele vapor, aquele prazer; e quando depois consente, ele declara, no que lhe diz respeito, que sua paixão e seu prazer são de maior valor do que a amizade de Deus. Eis que Deus é desonrado pelo pecador! Davi, refletindo sobre a grandeza e a majestade de Deus, disse: Senhor, quem é semelhante a ti? - (Sl. xxxiv., 10). Mas Deus, por outro lado, quando vê uma gratificação miserável comparada pelos pecadores e preferida a Ele mesmo, diz a eles: A quem me comparastes, ou a quem me igualastes? - (Is. xl., 25). Portanto, diz o Senhor, esse vil prazer era de maior valor do que a Minha graça: Você me deixou para trás. - (Ezech. xxiii., 35). Você não teria cometido esse pecado se, em consequência, perdesse uma mão, ou dez ducados, ou talvez até muito menos. Deus, então, diz Salviano, é tão desprezível aos seus olhos, que merece ser desprezado por uma paixão momentânea ou uma gratificação miserável: "Somente Deus foi considerado vil por você em comparação com todas as outras coisas".
Tu, então, ó meu Deus, és um Bem infinito; e muitas vezes eu Te troquei por um prazer miserável, que mal foi obtido antes de desaparecer. Mas, embora desprezado por mim, Tu agora me ofereces perdão se eu o desejar; e prometes restaurar-me à Tua graça se eu me arrepender de ter Te ofendido. Sim, ó meu Senhor, eu me arrependo de todo o coração de ter Te insultado assim; detesto meu pecado acima de qualquer mal.
Meditação II:
Leitura espiritual: MORTIFICAÇÃO EXTERIOR: SUA NECESSIDADE E VANTAGENS
Meditação noturna: REFLEXÕES E AFETOS SOBRE A PAIXÃO DE JESUS CRISTO
Meditação I:
Meditação II:
Meditação matinal: MARIA, A RAINHA DOS MÁRTIRES
Assim como Jesus é chamado de Rei das Dores e Rei dos Mártires, porque sofreu mais do que todos os mártires, Maria também é chamada, com razão, de Rainha dos Mártires, por ter merecido esse título ao sofrer o martírio mais cruel, depois do de seu Divino Filho. Dela podem ser ditas com toda a verdade as palavras de Isaías: Ele o coroará com uma coroa de tribulação - isto é, os sofrimentos de Maria, que excederam os sofrimentos de todos os outros mártires reunidos, foram a coroa pela qual ela se mostrou a Rainha dos Mártires.
Meditação I:
Quem pode ter um coração tão duro que não se derreta ao ouvir o fato mais lamentável que já ocorreu no mundo? Havia uma mulher nobre e santa que tinha um filho único. Esse filho era o mais amável que se pode imaginar - inocente, virtuoso, belo, que amava sua mãe com muita ternura; tanto que nunca lhe causou o menor desagrado, mas sempre lhe demonstrou todo o respeito, obediência e afeição; por isso, essa mãe havia depositado nesse filho todo o seu afeto na Terra. Ouçam, então, o que aconteceu. Esse filho, por inveja, foi falsamente acusado por seus inimigos; e embora o juiz soubesse, e ele mesmo confessasse, que ele era inocente, ainda assim, para não ofender seus inimigos, ele o condenou à morte ignominiosa que eles exigiam. Essa pobre mãe teve que sofrer a dor de ver seu amável e amado filho ser injustamente arrancado dela na flor da idade por uma morte bárbara; pois, à força de tormentos e drenado de todo o seu sangue, ele foi obrigado a morrer em uma infame forca em um local público de execução, e isso diante de seus próprios olhos. Almas devotas, o que vocês dizem? Esse fato e essa mãe infeliz não são dignos de compaixão?
Vocês já sabem de quem estou falando. Esse filho, tão cruelmente executado, era nosso amado Redentor, Jesus; e essa mãe era a Bem-aventurada Virgem Maria, que, pelo amor que nos tinha, estava disposta a vê-Lo sacrificado à justiça divina pela barbárie dos homens. Esse grande tormento, portanto, que Maria suportou por nós - um tormento que foi mais do que mil mortes - merece tanto nossa compaixão quanto nossa gratidão. Se não pudermos retribuir de outra forma tanto amor, pelo menos dediquemos alguns momentos para considerar a grandeza dos sofrimentos pelos quais Maria se tornou a Rainha dos Mártires.
Ó minha aflita Mãe, Rainha dos Mártires e das Dores, chorastes tão amargamente sobre vosso Filho, que morreu para minha salvação, mas de que me valerão vossas lágrimas se eu estiver perdido? Pelos méritos, pois, de vossas dores, obtende-me verdadeira contrição por meus pecados e uma real emenda de vida, juntamente com constante e terna compaixão pelos sofrimentos de Jesus e de vossas Dores.
Meditação II:
Leitura espiritual: MORTIFICAÇÃO: SUA NECESSIDADE E VANTAGENS
Meditação noturna: REFLEXÕES E AFETOS SOBRE A PAIXÃO DE JESUS CRISTO
Meditação I:
Meditação II: